segunda-feira, 24 de junho de 2013

Valcke garante transparência na Copa e diz que 'Fifa não tem fins lucrativos'

Valcke com o ministro Aldo Rebelo em coletiva nesta segunda (Foto: Fabio Motta/Agência Estado)

Em meio à onda de protestos pelo Brasil, a Fifa tornou-se um dos alvos. As principais acusações daqueles que contestam os benefícios de uma Copa do Mundo para o país são as de que a entidade que comanda o futebol não apenas impõe suas regras para organizar a competição, mas também fica com a maior parte dos lucros. No entanto, o secretário-geral Jerome Valcke rebateu, afirmando inclusive que a realização do Mundial não tem o lucro como objetivo.
- Não sei por que é tão difícil as pessoas entenderem como nós trabalhamos. A Fifa vendeu por US$ 4 bilhões (cerca de R$ 9,06 bilhões) os direitos para o período 2011/2014. Nós damos apoio a várias organizações para o desenvolvimento do futebol no mundo todo. Além disso, gastamos US$ 1,5 bilhão (R$ 3,4 bilhões) na Copa do Mundo. Nós temos lucro, mas a Fifa é uma instituição que não tem fins lucrativos - destacou.
Jerome Valcke rejeitou a ideia de que a Fifa lucra explorando o país-sede de suas competições. Como exemplo, citou o que, segundo ele, são gastos da entidade no Brasil ao longo da organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
- Recebemos críticas de que entramos no país, ocupamos tudo e vamos embora com os bolsos cheios de dinheiro. Nós trazemos muito dinheiro para o país que sedia a Copa do Mundo. Organizamos 20 campeonatos, sendo que em 19 não ganhamos nada. Gastamos US$ 550 milhões (cerca de R$ 1,25 bilhão) para organizar a competição e desenvolver o futebol.

Fifa apresentou relatório de investimentos com a Copa do Mundo (Foto: reprodução)

Os números apresentados pela Fifa também apontam que seram despejados quase R$ 500 milhões na economia brasileira somente no que se refere às acomodações daqueles que visitarão o país para a Copa do Mundo. Valcke ainda ressaltou que dos US$ 4 bilhões recebidos, US$ 1,5 bilhão ficará no Brasil, e o restante será reinvestido.
- As pessoas acham que esses US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 5,7 bilhões) serão lucro que vamos usar para andar de Mercedes por aí. Não é isso. Estamos usando o dinheiro para desenvolver o futebol, o que é nossa obrigação.
E mesmo diante das acusações de que membros da Fifa teriam recebido propina, em escândalos que atingiram o ex-presidente João Havelange e o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, Jerome Valcke garantiu:
- Somos uma das federações mais transparentes do mundo.

FONTE: globoesporte.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário