Felipão e Parreira ao lado de Marin no anúncio oficial (Foto: André Durão / Globoesporte.com) |
A CBF confirmou oficialmente, na manhã dessa quinta-feira, a
dupla que comandará a Seleção Brasileira na caminhada rumo ao Hexa. Luiz Felipe
Scolari, técnico do Penta, volta ao cargo de treinador da Seleção enquanto
Carlos Alberto Parreira, o comandante do Tetra, volta assumindo o posto de
coordenador técnico.
Felipão e Parreira são dois vitoriosos em suas carreiras.
São os últimos campeões mundiais como técnicos pelo Brasil e possuem um
histórico invejável no comando da Seleção. Então, nesse caso, vem aquela
inevitável pergunta: “Por que voltar?” Se os dois já chegaram ao ápice da
carreira de treinador, que é vencer uma Copa do Mundo, e já não têm mais nada a
provar pra ninguém, o que os motiva a retornarem à Seleção?
Felipão levou o Brasil ao pentacampeonato em 2002 (Foto: Gazeta) |
Felipão comentou sobre sua primeira passagem na Seleção, que
foi entre 2001 e 2002. Na ocasião, ele assumiu uma Seleção Brasileira
completamente desacreditada, que corria sérios riscos de, pela primeira vez na
história, ficar de fora de uma Copa do Mundo. Felipão enfrentou a fúria dos
torcedores que pediam por Romário na Seleção e desafiou a previsão de uma
esmagadora maioria que deu risada quando o treinador prometeu levar o Brasil
até as semifinais daquela Copa. Pois a “Família Scolari” de 2002 venceu a Copa
de maneira incontestável: sete vitórias em sete jogos (só a seleção de 1970
conseguiu o mesmo feito até hoje). Depois de lavar a alma e calar a boca dos
críticos, Felipão saiu da Seleção com status de ídolo, aclamado pela torcida
que antes o criticava.
Em 1994, Parreira comandou o Brasil na campanha do Tetra. (Foto: Reuters) |
Já seu mais novo coordenador técnico, Carlos Alberto
Parreira, teve uma história parecida. Foi campeão mundial em 1994, também sob
enormes críticas da imprensa e da torcida. Apesar de ter comandado uma seleção
que é lembrada até hoje por ter jogado feio, venceu, e isso é o que importa. Parreira
acabou saindo da Seleção após a conquista do Tetra, mas retornou em 2003,
assumindo o lugar de Felipão. Com Parreira no comando, o Brasil venceu a Copa
América em 2004 e a Copa das Confederações em 2005, mas fracassou na Copa do
Mundo de 2006, quando o Brasil acabou eliminado nas quartas-de-final.
Pois Felipão e Parreira aceitaram o desafio de voltar à
Seleção. Eles representam, a partir de agora, toda a esperança que o povo
brasileiro tem em ver o Brasil ser campeão do mundo novamente, na Copa mais
importante da nossa história, aqui no país. E servem também como um exemplo
para aqueles que pensam em retomar antigos projetos, mas sentem um certo receio
por alguma insegurança, ou medo de dar errado, ou até falta de entusiasmo.
Felipão e Parreira vão trabalhar juntos na busca pelo hexa no Brasil (Foto: André Durão/Globoesporte.com) |
Voltar a assumir um desafio depois de alguns anos é uma
decisão ousada. Mas é também uma forma de continuar escrevendo uma história que
ainda não terminou. Mesmo já tendo dado sua cota de contribuição com a Seleção,
Felipão e Parreira estão dispostos a dar capítulos novos a essa bela história.
Uma história que, esperamos, tenha um final feliz.
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