segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Morre o ex-técnico de basquete Ary Vidal

Ary Vidal comandou a seleção brasileira que venceu os EUA em Indianápolis. Foto: Sâmia Frantz / Agencia RBS



por Guilherme Mazui
guilherme.mazui@zerohora.com.br

O homem que venceu os Estados Unidos em Indianápolis, que colocou o Rio Grande do Sul no mapa do basquete nacional partiu. Morreu nesta segunda-feira o ex-técnico da seleção brasileira Ary Ventura Vidal. O velório será ainda na segunda e o enterro está marcado para as 11h de terça, no Rio de Janeiro.
Comandante da geração de Marcel e Oscar, ouro no Pan de 1987, e campeão brasileiro pelo Corinthians, de Santa Cruz do Sul, o carioca de 77 anos foi internado há três meses no Rio de Janeiro. A saúde já vinha frágil desde 2001, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).

Nascido em 28 de dezembro de 1935, no Rio, Ary foi um homem de amores intensos. Viveu três casamentos só interrompidos pela morte: com o basquete, com a seleção e com a mulher Heloisa, companheira por 46 anos, mãe de suas filhas Flavia e Andréa.
Explosivo, conhecido pela teimosia e as frases de efeito, o senhor careca que usava óculos de aros redondos virou uma legenda do basquete nacional. Que jamais gostou de ser chamado de treinador. Aos que lhe atribuam à função, respondia de imediato.
_ Treinador é de cavalo. Eu sou técnico, aquele que domina o detalhe.
Como técnico, abriu a relação com o Brasil na seleção feminina em 1965. Mais tarde, liderou a os homens em duas Olimpíadas (Seul-88 e Atlanta-86) e dois Mundiais, sendo bronze no torneio das Filipinas, em 1978. Ao todo, fez mais de 120 jogos à frente do time masculino, com 92 vitórias, a mais marcante em 23 de agosto de 1987.
Diante de 16 mil pessoas, Ary comandou um time que entrou na quadra do Market Square Arena, em Indianápolis, condenado ao vice-campeonato pan-americano. Pais do basquete, os norte-americanos jamais haviam perdido uma partida oficial em casa, foram para o intervalo ganhando por confortáveis 68 a 54. Com uma reação improvável, puxadas pelas bolas de três pontos de Oscar e Marcel, o Brasil virou. Fez o improvável acontecer, venceu por 120 a 115.
O ouro de Indianápolis foi o ápice de uma trajetória vitoriosa, iniciada nos anos 40. No entanto, o jovem Ary, único filho do casal Alberto e Dulce Vidal, gostava mesmo de jogar futebol. Apesar da família flamenguista, era goleiro dos times de base do Botafogo, posto deixado de lado em favor do basquete.
_ O Brasil perdeu um ótimo goleiro _ costumava rir o carioca.
O futuro técnico foi apresentado ao basquete aos 13 anos, por um tio que o levou para treinar na Associação Atlética Carioca, clube de bairro no Rio. Armador limitado, virou profissional, defendeu o Tijuca, até chegar ao posto de auxiliar no Flamengo. Na Gávea trabalhou com seu mentor, Togo Renan Soares, o Kanela, para muitos o maior técnico da história do país _ foi bicampeão mundial, penta sul-americano e medalha de bronze nas Olimpíadas de Roma pela seleção.
O debut de Ary na carreira de técnico aconteceu no Tijuca. Entre as idas e vindas da seleção (também passou pela seleção do Peru), comandou diversos clubes como Flamengo, Fluminense, Vasco, Minas, Sírio, Al Ahli (Arábia Saudita) e Juver (Espanha), última parada antes de desembarcar no Rio Grande do Sul.
Em abril de 1990, o ex-comandante da seleção topou desbravar o basquete gaúcho, marginalizado no cenário nacional, dominado pelas equipes paulistas. Profissionalizou o Corinthians, trouxe jogadores de seleção, a exemplo de Marcel e Rolando, e norte-americanos, como o ala Alvin Frederick. Foram sete anos de cumplicidade, sete títulos gaúchos, dois vice-campeonatos brasileiros (1996 e 1997) e a conquista inédita da Liga Nacional de 1994.
Para consumar a façanha, o Corinthians precisou virar um playoff que parecia perdido diante do favorito Franca, base da seleção brasileira. Após duas derrotas em São Paulo, os gaúchos buscaram três vitórias seguidas no Ginásio Tesourinha, em Porto Alegre. Em 17 de abril de 1994, o 99 a 92 no quinto e derradeiro confronto deu ao Estado seu único título nacional. Ary fez do Corinthians a equipe dos gaúchos.
_ Unimos gremistas e colorados. Os gaúchos abraçaram a causa _ saudou Ary em entrevista concedida a Zero Hora em abril deste ano, 18º aniversário do título.

FONTE: ZHESPORTES

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ronaldo volta a engordar e preocupa Rede Globo

Emissora teria pedido para ex-jogador manter a linha por pelo menos mais um tempo


O ex-jogador de futebol, Ronaldo Nazário, perdeu 18 quilos enquanto participou do quadro Medida Certa, do Fantástico, na Rede Globo. No entanto, durante as festas de final de ano, ele teria recuperado alguns quilinhos e preocupado a emissora.

A Globo teria pedido para Ronaldo manter a linha por pelo menos mais um tempo, para que o regime não se torne um mau exemplo diante dos telespectadores.

Especula-se que ele recebeu R$ 6 milhões para participar do Medida Certa. No entanto, as assessorias de imprensa da emissora e do ex-jogador não confirmam a informação.

FONTE: Yahoo! Brasil

domingo, 6 de janeiro de 2013

Cientista acredita que seres humanos poderão viver mais de mil anos

Ideia não é levada a sério por muitos cientistas, mas há outros que acreditam nessa possibilidade.

Eles já estão entre nós. Os primeiros seres humanos a passar dos 150 anos de idade já nasceram, segundo pesquisadores e futurólogos. Estão entre as crianças e os jovens de hoje. Agora, parece impossível, mas, quando eles se tornarem adultos, terão ao alcance fontes da juventude que, em breve, sairão dos laboratórios. O Japão, país com o maior número de centenários do planeta, quer prolongar ainda mais a vida e com saúde.

Para viver mais, teremos que descobrir as doenças antes mesmo de sentir o primeiro sintoma. Isso será possível em breve e não precisaremos nem ir ao médico. A nossa casa vai nos avisar se estivermos doentes.

A residência do futuro deverá ser parecida com um apartamento-modelo criado pela Universidade de Kanazawa. Dentro dele, a pessoa tem a saúde monitorada o tempo todo, enquanto dorme, na hora em que vai ao banheiro. Já é possível fazer 14 exames médicos. Até na hora do banho, porque a banheira é um aparelho de eletrocardiograma. Basta colocar as duas mãos dentro da água para ter uma ideia de como está o coração.

O aparelho que faz o exame tradicional tem eletrodos, que captam as variações elétricas do coração. Assim, é possível saber se ele está funcionando bem. O médico aplica um gel para facilitar a condução dos sinais elétricos.

A banheira faz o exame, porque tem seis eletrodos e a água funciona como um gel usado pelo médico. O equipamento também é capaz de identificar se a pessoa está se afogando e dispara um alarme.

Na hora das necessidades, a privada faz seis exames. Ela mede, por exemplo, a pressão do jato da urina. Na experiência, eles usam água. No caso dos homens, explica o professor Kenichi Yamakoshi, uma variação na pressão pode indicar o início de um câncer de próstata.

No futuro, a privada vai analisar a urina, como faz um laboratório hoje para saber, por exemplo, se há algum sinal de infecção - e vai mandar o resultado via internet para o médico. E quando o morador sentar na privada, um sensor encostará na perna para medir, por exemplo, a pressão.

Alguns dos principais exames serão feitos enquanto a gente dorme. A cama tem sensores que medem o batimento cardíaco, a distribuição do peso no corpo, a respiração e até o ronco.
Todos esses dados vão para um computador que identifica se há alguma variação preocupante e informa ao médico, que poderá estar a muitos quilômetros de distância.

"Viver mais, com saúde é o sonho de muita gente", diz o professor Yamakoshi, "e todos preferem viver sem ter de ir ao médico. Mas com a idade avançada, as pessoas tendem a adoecer com mais frequência. Quando isso acontece, é melhor descobrir logo para se curar o mais rapidamente possível".

E com mais uma vantagem. Imagine, numa chuva, ter de sair de casa para ir ao médico. É um problema que seu Toshio Shouchi, de 80 anos, não tem mais. Ele é um dos oito voluntários que estão testando a casa inteligente. Ele sofre de insuficiência cardíaca e mora sozinho. Há dois anos, os sinais vitais dele são medidos pelos sensores e ele faz uma consulta diária, pela internet, com uma médica, de plantão no hospital. Descreve o que sente, mostra, por exemplo, que surgiram manchas nos braços. Do outro lado, ela avalia os sintomas e os resultados dos exames e indica se ele deve aumentar ou diminuir os remédios. Seu Toshio diz que, sem esse sistema, teria que viver num hospital.

"Eu me sinto muito mais seguro. Eles até descobriram que eu estava com sinais de um derrame cerebral no ano passado e mandaram que eu fosse ao hospital para receber tratamento. Foi uma coisa temporária e passageira", diz Seu Toshio.


Toshio Shouchi recebe tratamentos a distância, sem precisar sair de casa.

E, no futuro, a cura virá de forma invisível aos olhos. No Centro de Pesquisa de Micromáquinas Médicas da Universidade de Tóquio, só com microscópios dá para enxergar o que professor Koji Ikuta e seus alunos estão inventando.

Na imagem, uma linha no alto é um fio de cabelo humano. Abaixo, há alguns pontos que se parecem, à primeira vista, com grãos de poeira. Mas é só a gente aproximar mais a imagem que eles ganham forma. São estruturas construídas pelo homem. São os "microrrobôs", equipamentos que, daqui há alguns anos, poderão entrar no nosso corpo para curar doenças e recuperar pedaços danificados.

Para entrar na fábrica desses robôs, é preciso vestir uma roupa especial.  Sujeira ou poeira podem provocar falhas na produção. Os robôs são construídos a partir de uma única gota de um polímero, uma substância química parecida com plástico líquido.

A fabricação ocorre na lâmina do microscópio, que é acoplado a um monitor de TV, o único jeito de ver o que acontece ali. Um feixe de raio-laser, que torna o polímero sólido. Aos poucos, o robô vai ganhando forma.


O prfessor Koji Ikuta, da Universidade de Tóquio.

O professor Ikuta explica que, primeiro, eles projetam o robô num computador. "Depois, transferimos os dados para este sistema. Automaticamente, podemos criar qualquer estrutura em três dimensões".

De uma única gota, podem ser produzidos 50 robôs ou mais. Em 4 minutos, ficam prontos. Por enquanto, têm uma forma muito simples.  Um, por exemplo, parece uma ferradura com um pino no meio, mas ele já tem algumas habilidades.

Os cientistas fazem o robozinho entrar em ação dentro de uma cabine escura, para impedir a interferência da luz externa. O vídeo de uma experiência mostra o robozinho empurrando a célula do sangue de uma galinha, um glóbulo vermelho, contra uma estrutura microscópica, parecida com um muro. É como se ele estivesse rebatendo uma bolinha de tênis numa parede.

O robô é movimentado por um raio laser. Ao empurrar a célula, ele consegue perceber a resistência dela. O professor Ikuta prevê que, em 5 anos, esse robô será usado em laboratórios para estudar porque uma célula muda seu formato, porque se torna cancerígena, por exemplo. Em 10 anos, acredita ele, os robôs poderão ser introduzidos dentro do nosso corpo. Vão identificar as células doentes e curá-las.

"Este robô, muito pequenininho, pode prolongar a vida humana de forma segura. E este é o grande objetivo de minha pesquisa", diz o professor Ikuta.

Para fazer isso terão que ficar ainda menores, serão os "nanorrobôs", tão pequenos que nem pelo microscópio será possível enxergá-los. Veja o que os cientistas imaginam que vai acontecer dentro do nosso corpo daqui alguns anos.

Um exército de nanorrobôs poderá reparar órgãos ou músculos, como se fossem operários consertando as paredes de uma casa.

Outros funcionarão como faxineiros dos nossos pulmões, retirando todas as impurezas que possam provocar doenças.

Um robô especializado em combater micróbios vai identificá-los e destruí-los.

Com tantos avanços da ciência, será que um dia poderemos viver para sempre? Rejuvenescer em vez de envelhecer? Impossível? Não para uma água-viva, que está sendo estudada no Japão. A não ser que vire comida de outro bicho ou pegue uma doença, ela é biologicamente imortal.

E ela realiza outro antigo sonho da humanidade: depois de envelhecer, voltar a ser criança. O professor Shin Kubota, da Universidade de Kyoto, já identificou três espécies de águas-vivas do gênero "turritopsis" que são capazes dessa façanha. Cada ciclo de vida dura em média 2 meses. Ela cresce até a forma de medusa, a que estamos acostumados a ver nas praias. É a fase adulta, quando se reproduz e põe ovos.

A medusa que vive "eternamente".


Ao envelhecer, ela não morre, mas realiza um fenômeno único na natureza: volta a ser um pólipo, fica parecida com um minúsculo galho de árvore. É um dos primeiros estágios da vida da água-viva, quando ainda não é capaz de se reproduzir. Ou seja, é como se voltasse a ser criança.

Há 35 anos, o professor Shin estuda essas águas-vivas em busca do segredo da eterna juventude. Ele explica que ela desenvolveu essa habilidade para permitir a sobrevivência da espécie. Muito pequenas e frágeis, elas são vulneráveis, além de servir de alimento a muitos animais. A informação de que não pode morrer por envelhecimento ficou registrada nos genes da água-viva.  Mas será que é possível transferir essa informação para o gene de um ser humano?

O professor acredita que sim. "Os genes de uma água-viva não são tão diferentes", diz ele.

Parece inacreditável, até maluquice, mas ele garante: "Ainda neste século, nos tornaremos imortais".

A ideia não é levada a sério por muitos cientistas, mas há outros que acreditam nessa possibilidade.

Um deles é o britânico Aubrey de Gray. Ele tem uma cara de hippie, mas é um cientista da conceituada universidade de Cambridge e especialista em envelhecimento. De Gray acha que, em breve, o ser humano poderá viver facilmente mil anos.

Aubrey de Gray acredita que o ser humano viverá até os mil anos. Foto: oland Kemp / Rex Features


Ele diz que a medicina vai regenerar o corpo humano da mesma forma como fazemos a manutenção periódica de nosso carro ou da nossa casa. Com isso, eles duram muito mais tempo do que foram projetados.

Outro profeta da imortalidade é o inventor e futurólogo americano Ray Kurzweil. Ele acha que, num futuro bem próximo, o homem poderá deixar de ser apenas de carne e osso. Cada parte do nosso organismo, que não funcionar bem, será substituído por uma máquina.

"Daqui a 25 anos, quando você falar com um ser humano, como nós, estará falando com um ciborgue, um híbrido de biologia e máquina.", disse o cientista Raymond Kurzweil.

Desde o início do século 20, a humanidade ganha 3 meses de vida a cada ano que passa com os avanços da medicina, os novos remédios e tratamentos, e os cuidados com higiene e alimentação.

São eles que permitem que Kyuzo Andou, de 101 anos, leve todos os dias - de bicicleta - as encomendas dos clientes. Ele é dono de uma loja de cafés especiais em Tóquio, negócio que abriu aos 85 anos de idade, quando cansou de ser empregado e decidiu virar patrão. Ele já subiu o monte Fuji - a montanha mais alta do Japão - 70 vezes. E diz que pretende seguir trabalhando e subindo montanhas enquanto for possível.

"O segredo é boa alimentação, exercícios físicos e mentais. E não falar mal dos outros nem ficar lamentando a vida", conta ele.

Quando seu Kyuzo nasceu no começo do século passado, seria difícil acreditar que poderia viver tanto. A expectativa de vida nos países desenvolvidos não chegava a 50 anos. Hoje é de mais de 80. Por isso, talvez seja possível que, dentro de algumas décadas, centenários tão saudáveis como ele não sejam exceções, mas pessoas com um longo futuro pela frente.

FONTE: g1.globo.com/fantastico

VEJA MAIS EM: super.abril.com.br/ciencia/voce-pode-ser-imortal-535997.shtml



Para saber mais

Ending Aging
Aubrey de Grey e Michael Rae, 2007, St. Martin’s Press.

Transcend
Ray Kurzweil e Terry Grossman, 2009, Rodale.

The Okinawa Program
Bradley Willcox, Craig Willcox, Makoto Suzuki, 2002, Three Rivers Press.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Lucas é apresentado oficialmente no PSG: "Grande passo na carreira"

Meia da Seleção Brasileira confidenciou a jornalistas que Leonardo, ex-jogador e dirigente do clube francês, foi fundamental na sua contratação. Foto: PSG/Divulgação
Uma das sensações do futebol brasileiro na última temporada, o meia Lucas oficializou nesta terça-feira sua chegada ao Paris Saint-Germain e falou pela primeira vez como jogador do clube.
Em Doha, no Catar, onde o PSG faz um período de treinamentos antes do recomeço do Campeonato Francês, Lucas declarou que Leonardo, ex-jogador e atualmente dirigente, foi fundamental na sua contratação:
— Eu estou feliz em saber que o treinador está contando comigo, o futebol é a minha vida e eu vou fazer de tudo para alcançar o nosso objetivo. Este é um grande desafio para mim. O PSG está em plena evolução. O Leonardo me ajudou muito nesta decisão. É uma grande passo na minha carreira.
Lucas custou 40 milhões de euros (R$ 108,3 milhões) aos cofres do time parisiense e o jogador declarou esperar fazer parte da longa tradição de brasileiros de sucesso no PSG, que passa por outros ex-jogadores do São Paulo, como Raí e o próprio Leonardo:
— O PSG está evoluindo e tem uma longa história com jogadores brasileiros. Espero que possa escrever uma nova página nessa história. Vou me juntar a grandes jogadores e lutar pelo objetivo de me tornar o número um.
O PSG anunciou que Lucas jogará com a camisa 29, mas que poderão ocorrer mudanças em breve.

FONTE: zerohora.clicrbs.com.br